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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O último adeus: Ir. Verônica Jardim é sepultada sob comoção e homenagens no Cemitério da Várzea, em Recife


Patrimônio vivo da educação bonjardinense morre aos 84 anos de idade

Às vésperas de comemorar seus 80 anos de fundação, o Colégio Sant’Ana perde um dos seus grandes vultos históricos, responsável pela disseminação de valores e de conhecimentos fundamentados no amor ao civismo, na proteção da moralidade e da ética, e na fé aliada à educação para formação cidadã, a Ir. Verônica Jardim.

Num clima de grande pesar, parentes, amigos, ex-alunos e religiosos participaram da Missa de corpo presente, realizada na Capela do Educandário Maria Imaculada, localizado no Bairro do Cordeiro (Recife), e do sepultamento da Ir. Verônica, na tarde da última quinta-feira (30), no Cemitério da Várzea, em Recife.

“Aqui manifesto o meu profundo respeito, consideração e agradecimento pela contribuição dada para minha formação em magistério. Benedict irmã! Era dessa forma que sempre a saudava quando nos encontrávamos dentro ou fora das dependências do Colégio Sant’Ana. E a resposta era sempre a mesma: ‘Deus! Siga em paz, mestra!’. No que depender dos anos que ainda tenho em sala de aula, seus ensinamentos serão sempre aprimorados, pelo bem da minha prática e pela valorização e imensa gratidão às saudosas e eternas mestras, Ir. Verônica Jardim e Madre Ódila Maroja”, destacou Rosálya Santos (através da rede social Facebook), ex-aluna do Colégio Sant’Ana e atual Professora da EREM Dr. Mota Silveira.

A Ir. Verônica Jardim, religiosa da Congregação das Beneditinas da Virgem Maria, congregação extinta pelo Vaticano, faleceu aos 84 anos, na noite da última quarta-feira (29).

A direção do Colégio Sant’Ana, através de nota oficial, decretou três dias de luto em decorrência do falecimento da Ir. Verônica; retomando suas atividades normais a partir da próxima segunda-feira, dia 03 de novembro de 2014.


Por Bruno Araújo / Pastoral da Comunicação da Paróquia de Sant’Ana -http://matrizdesantana.blogspot.com.br/

Halloween ou Dia do Saci


No dia 31 de outubro, algumas escolas brasileiras celebram o Halloween, o Dia das Bruxas. As crianças, principalmente do ensino infantil, vestem fantasias de bruxas, vampiros, fantasmas e outros monstros para comemorar... Comemorar exatamente o quê? A festa, que é popular nos Estados Unidos, chegou às crianças brasileiras por meio de programas televisivos. Os fãs dos Padrinhos Mágicos,LazyTownBen 10 e Barney cultivam a brincadeira do doces ou travessuras? nas salas de aulas, muitas vezes sem critérios. Fica a pergunta: em que situação oHalloween pode ser utilizado dentro da escola? Até que ponto é interessante para as crianças participarem de uma manifestação cultural estrangeira?

Comemorar apenas por comemorar, além de, muitas vezes, ocupar o tempo de aulas realmente importantes não acrescenta nada na formação das crianças. Não adianta celebrar uma data na escola que não represente nada para a realidade do estudante. "É preciso explicar como a festa surgiu e contextualizá-la para que os alunos criem uma identificação. Só assim a comemoração fará sentido", diz a professora de inglês do Colégio Augusto Laranja, Cristina Malville Alonso, que trabalha o processo durante todo o mês de Outubro com seus alunos de 4 a 6 anos. Com a ajuda de fotos, vídeos e outros materiais didáticos, ela resgata a história original da data e de seus personagens. As crianças descobrem que a origem do Halloween remete às crenças celtas. Para quem não sabe, este povo da Irlanda acreditava que, no último do verão no hemisfério norte, os espíritos saíam do cemitério para tomar conta dos corpos dos vivos. Aterrorizante, a comemoração pagã, foi condenada na Europa, passando a ser conhecida como Dia das Bruxas. Graças à imigração dos irlandeses para a América, o Halloween se tornou uma data especial nos Estados Unidos.

Halloween ou Dia do Saci 

Limitar a comemoração à disciplina de inglês pode ser uma boa alternativa, bem como introduzir, de maneira sutil, a questão da influência de outras culturas graças à imigração e à globalização. Vale também apontar às crianças as diferenças culturais entre os vários países e até, quem sabe, discutir o choque cultural.

Voltar às atenções no mês de outubro para o Dia das Bruxas é realmente um problema. É preciso ter cuidado e lembrar às crianças que, originalmente, esta data não faz parte da nossa história e tradição. Pensando nisso, o Governo do Estado de São Paulo decretou, em 2005, o Dia do Saci, o mesmo dia 31 de outubro. Coincidência? Sem dúvida não, a iniciativa foi uma forma de valorizar a cultura brasileira e tentar coibir a americanização - já que, no imaginário do Brasil, o Saci é um símbolo.

Integrar o inglês com as demais disciplinas, proporcionando discussões que vão além da comemoração do Halloween é uma boa maneira de não enaltecer a data de forma prejudicial. É interessante estudar inicialmente a própria cultura, para depois conhecer as demais. Realizar um projeto sobre o folclore brasileiro aproxima as crianças da cultura brasileira e ajuda a introduzir a questão da americanização. Foi o que fez a professora Cristina: "Trabalhamos muito com interdisciplinaridade e grandes projetos, o mês de agosto é dedicado ao folclore. Com a ajuda de livros sobre lendas colocamos os alunos frente a frente com uma coisa extremamente brasileira e assim os preparamos para conhecer novas culturas", diz.

E as escolas bilíngues, como devem se posicionar? 

Como o próprio nome já diz, a escola faz os alunos aprenderem simultaneamente duas línguas, no limite, duas culturas. Priorizando na maioria das vezes o português e o inglês, durante todo o processo de aprendizado é importante que nenhuma das duas seja esquecida, em momento algum. Assim, vale comemorar tanto tradições brasileiras, como as norte-americanas, lembrando sempre de contextualizar e proporcionar novos aprendizados aos alunos. "O contato com outras culturas é importante para a formação de todas as crianças, mas, principalmente, para as que vivem em escolas bilíngues", afirma Adília Torres Cristófaro, coordenadora do Augusto Laranja, unidade Campo Belo, que em 2009 adotou o método das duas línguas no método de ensino.

Para a diretora da unidade Tatuapé do Colégio Santa Amália, Teca Antunes, a comemoração tem sim sua importância, exatamente pelo fato da escola ser bilíngue. "Termos, por princípio, trabalhar com as crianças aspectos culturais do país falante da língua inglesa (e não apenas o idioma). Dentro disso, o Halloween é uma data importante na escola, pois as crianças canadenses têm o costume de brincar nesse dia".

No dia 31, os alunos da Educação Infantil podem vir fantasiadas, já os do Fundamental 1 podem trazer adereços para que todos, no momento de intervalo, brinquem de "trick or treat" ("doces ou travessuras"), trocando doces com os colegas. Apesar de cultuar uma tradição norte-americana, Teca Antunes acredita que as comemorações não são prejudiciais ao aprendizado das crianças. "Hoje, com a globalização, as crianças brasileiras também têm acesso a essas comemorações e isso lhes permite construir conhecimentos a respeito do mundo e da forma como outras crianças, que vivem em outras partes, brincam e divertem-se", diz.

Mesmo assim, a cultura nacional não é descartada, Teca conta que o Saci não deixa de ser apresentado às crianças. "Ele também faz parte da comemoração, juntamente com os símbolos típicos do Halloween. A parte da Cultura Brasileira é garantida, em nossa proposta pedagógica, por meio de aulas específicas que tratam da cultura da infância brasileira: tradições, músicas, cantigas de roda, brincadeiras, poesias, histórias etc."

Balada do Halloween na Feira Cultural


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

FESTA DE SÃO JOSÉ DO BOM JARDIM TEVE PASTORIL E ZÉ CANTOR NA PROGRAMAÇÃO CULTURAL

A Comunidade do Alto São José celebrou com júbilo a 47ª Festa do Glorioso São José. 

A melhor festa de São José, dos últimos anos, conforme  participação popular na cidade de Bom Jardim. Mesmo com sinais visíveis de nuvens carregadas o público acompanhou a celebração no Bairro Alto São José do Bom Jardim. Parquinho infantil, Zé Cantor e o Pastoril das Meninas da Boa Idade, foram atrações promovidas pelo Governo Municipal  através da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes e Secretaria de  Assistência  Social também contribuíram pra o brilhantismo da festa.


Isto é Bom Jardim

                                                                  Foto:Herbert Henriques

sábado, 25 de outubro de 2014

Arte para revelar encantos de Bom Jardim

Aula diferente para estudantes da Escola São Francisco de Assis na sede do CREAS Regional(Bom Jardim).

Em cada fotografia uma arte, um registro do patrimônio natural, cultural e arquitetônico do Bom Jardim. Em cada fotografia uma história, um sentimento, conhecimentos científicos revelados, várias leituras, vários pensamentos, interpretações, sensações, provocações, novas ideias. Esse é o vasto mundo da arte visual, na linguagem da fotografia. Isso é cultura interagindo com o universo das pessoas na construção histórica. A fotografia é um recurso cada vez mais utilizado pela sociedade atual.

Estudantes das Escolas São Francisco de Assis, Colégio Sant'Ana, Raimundo Honório e Colégio Santa Tereza ( Boa Viagem- Recife), já tiveram a oportunidade de participar da visita pedagógica a  "Exposição Detalhes do Bom Jardim", organizada pelo Governo Municipal, por meio da  Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes neste mês de outubro. O projeto da mostra já foi apresentada na 9ª Mostra Internacional de Turismo - MIT (Recife-PE), na Feira de Oportunidades do SEBRAE (Carpina-PE), na tradicional Vaquejada de Surubim, e atualmente pode ser visto na Casa Francisco Julião, antiga cadeia pública. Os estudantes observam, comentam e aprendem bastante com as dinâmicas e os diálogos estabelecidos na visitação ao trabalho artístico de Bruno Araújo. O resultado é boa aprendizagem e elevação do sentimento e do orgulho de ser bonjardinense. A nota média  dada na avaliação do encontro com os estudantes da Escola São Francisco foi 10 (dez).

A exposição além de ter um caráter pedagógico, estético e artístico, também revela a riqueza do potencial turístico a ser explorado por governos, empreendedores e toda sociedade. 
Equipe do CREAS e CULTURES recebem professores e estudantes.

Por:Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Exposição Fotográfica Detalhes do Bom Jardim, na Casa Francisco Julião, leva aos estudantes bonjardinenses um olhar peculiar dos atrativos naturais e históricos do município



A Exposição Fotográfica Detalhes do Bom Jardim, de autoria do historiador e fotógrafo Bruno Araújo, após participação na 9ª Mostra Internacional de Turismo - MIT (no Centro de Convenções de Pernambuco - Recife), na Feira de Oportunidades do SEBRAE (Carpina-PE) e na Vaquejada (Surubim-PE), encontra-se acessível a todos os bonjardinenses na Casa Francisco Julião (antiga Cadeia Pública Municipal), uma parceria da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esportes com o CREAS Regional - Agreste Setentrional de Pernambuco.

Na ocasião, além das fotografias, explanações referentes à história são realizadas dentro do contexto arquitetônico do local da exposição - Casa Francisco Julião, prédio que leva o nome do famoso advogado, político (Deputado Estadual e Federal), escritor, líder das Ligas Camponesas e defensor da Reforma Agrária, que nasceu no Engenho Boa Esperança, em Bom Jardim.

Dentro da proposta de preservação da integridade da juventude e das famílias, público alvo da exposição, o CREAS Regional - Agreste Setentrional de Pernambuco, com sede em Bom Jardim, acrescenta aos visitantes o conhecimento dos relevantes trabalhos de ressocialização e acompanhamento técnico desenvolvidos atualmente no local.

A Exposição Fotográfica “Detalhes do Bom Jardim” proporciona aos seus apreciadores o revelar das belezas existentes no município, através de ângulos que passam despercebidos ao olhar comum.

"A Secretaria de Cultura busca criar o hábito da leitura, releitura, expansão do olhar e senso crítico dos apreciadores das belezas existentes no Bom Jardim, reveladas no olhar e lentes do promissor artista Bruno Araújo. 
A mostra além de ter um caráter pedagógico, estético e artístico, também revela a riqueza do potencial turístico a ser explorado por governos, empreendedores e toda sociedade", frisa Edgar Santos, Secretário de Turismo, Cultura e Esportes. 


A fotografia, linguagem cultural que captura componentes e elementos do contexto humano, paisagístico e arquitetônico, propõe uma analise particular aos seus apreciadores, que envolve um sentimento característico capaz de transportar-nos à épocas distintas e revivermos, saudosamente, períodos e cenas que marcaram a nossa memória afetiva.
                                           Estudantes do Ensino Básico da Escola Estadual Raimundo Honório

Fotos:Bruno Araújo, Edgar Santos, Herbert Henriques.
De:Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Carnaval Levino Ferreira é Cultura de Bom Jardim


https://www.facebook.com/sctebomjardimpe/photos/pcb.198581233685594/198580897018961/?type=1&theater

Capoeira em Bom Jardim

História da Capoeira
Lúcia Gaspar
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco
pesquisaescolar@fundaj.gov.br



Segundo o Dicionário do folclore brasileiro, de Luís da Câmara Cascudo, capoeira é jogo atlético de origem negra, ou introduzido no Brasil pelos escravos bantos de Angola, defensivo e ofensivo, espalhado pelo território e tradicional no Recife, cidade do Salvador e Rio de Janeiro, onde são recordados os mestres, famosos pela agilidade e sucessos.

Desde os primeiros registros sobre a capoeira no Brasil, existem dúvidas sobre se ela se originou de aldeias africanas ou de senzalas brasileiras.

A maioria dos autores, no entanto, afirma que ela teria sido criada no Brasil, por escravos africanos, como instrumento de luta e resistência.

Na segunda metade do século XIX, era muito utilizada por malandros e desordeiros que viviam provocando e intimidando as pessoas, na luta pelo controle de áreas urbanas, principalmente no Rio de Janeiro. Por isso, foi muito perseguida pelo governo que colocava até a cavalaria para combatê-la, desencadeando muita violência. O código penal brasileiro de 1890 previa penas de até seis meses de detenção para aqueles que se dedicassem à capoeiragem.

Os capoeiras, como eram chamados, não eram apenas escravos ou negros. Prostitutas, assaltantes, pedintes e ladrões de residências também faziam parte dos grupos de capoeiras.

Durante as manifestações públicas e os períodos eleitorais, alguns políticos se aliavam aos capoeiras, que usavam sua força física para inibir a participação de defensores do partido adversário, em troca de benefícios.

Apesar do seu aspecto violento, a capoeira também era uma forma de lazer, sendo acompanhada por instrumentos musicias.

A partir do final dos anos 1930, com a consolidação dos estudos afro-brasileiros, a capoeira passou a ser vista sob um prisma diferente e suas atividades se deslocaram para o Nordeste, especialmente para a Bahia.

A imagem de luta violenta, tão ativa e presente no Rio de Janeiro no século XIX, vai se apagando progressivamente da memória nacional. Integrada à área da cultura e do folclore, deixa de ser vista como atividade de delinqüentes, passando a ser uma “brincadeira coletiva”.

A capoeira, como jogo ou dança, é executada no centro de um círculo de pessoas, a roda, que delimita o espaço onde ela se desenvolverá. O ritmo obedece ao som de cânticos, curtos, repetitivos (solo ou em coro) e instrumentos musicais de percussão típicos, como o berimbau, o ganzá ou reco-reco, o agogô, o pandeiro, atabaque, o caxixi.

berimbau é o principal instrumento e aquele que cria o clima. Pode ser médio (que determina o jogo), viola e berra-boi; o ganzá ou reco-reco, feito de gomos de bambú, com rasgos transversais, onde se passa uma vareta de madeira produzindo um som rascante; o agogô, instrumento de origem africana, formado por duas campânulas de ferro, que são tocadas com uma vareta do mesmo metal, produzindo um som em cada campânula; o pandeiro, composto de um aro circular de madeira, com soalhos, sobre o qual se estica uma pele(de cabra ou de bode) e se toca batendo o compasso da dança com a mão; oatabaque, também de origem africana, é um tambor primário, coberto com pele de animal, distendida em uma estrutura de madeira com formato de cone vazado na extremidade superior, que marca o ritmo das batidas e juntamente com o pandeiro acompanha o solo do berimbau; o caxixi, instrumento em forma de uma pequena cesta de vime com alça, usado como chocalho pelo tocador de berimbau.

O capoeirista tem que ser leve, flexível e ter muita ginga, pois é dela que partem os golpes de ataque e defesa. Seus movimentos são contínuos e a cadência é fundamental.

Existem vários estilos de capoeira: Angola, São Bento, Jogo de Dentro, Jogo de Fora, Santa Maria, Conceição da Praia, Assalva, Senhor do Bonfim. Todos se distinguem por variações sutis, às vezes apenas pela maneira de tocar o berimbau.

Os movimentos ou golpes dependem muito mais de destreza do que de força muscular. Os mais comuns são: rabo-de-arraia, rasteira, tesoura, bananeira, aú, salto mortal, chapa-de-pé, meia lua.

A roupa utilizada antigamente era calça branca comum, com bainha arregaçada e camisa folgada, feita de algodão grosso de saco de açúcar, depois substituída por camisa de malha branca. Não se usa sapatos: luta-se ou joga-se a capoeira descalço. Hoje, alguns capoeiristas usam camisas coloridas com a logomarca da associação à qual pertencem.

No Brasil, há grandes centros de capoeira na Bahia, em Pernambuco, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Há também um interesse crescente pelo jogo, nos seus aspectos coreográficos, esportivos e elementos de tradição afro, na Europa e nos Estados Unidos.

Entre os grandes mestres baianos estão Samuel Querido de Deus, celebrizado por Jorge Amado no seu livro Bahia de todos os santos; Mestre Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha); Mestre Bimba (Manoel dos Reis Machado); o sergipano Mestre Sombra (Roberto Teles de Oliveira), entre outros.

O tema é hoje bastante pesquisado e estima-se que existam cerca de seis milhões de lutadores no Brasil. Praticantes, mestres e dirigentes de entidades do setor estão empenhados em regulamentar a profissão.

Há uma corrente que defende uma nova modalidade de capoeira, a contemporânea, que é alvo de críticas por desprezar legados culturais do passado, mas para os que a defendem como espetáculo, competição e luta seria o caminho para chegar às Olimpíadas.

Recife, 9 de novembro de 2004.
(Atualizado em 25 de agosto de 2009).


FONTES CONSULTADAS:

CÂMARA CASCUDO, Luís da. Dicionário do folclore brasileiro. 3.ed. rev. e aum. Brasília, DF: INL, 1972. 2v.

CAPOEIRA. Cultura, Rio de Janeiro, ano 6, n. 23, p. 52-55, out../dez. 1976.

EGLE, Telma. A arte da resistência: atividade que mistura luta e dança busca independência.Problemas Brasileiros, São Paulo, n. 361, p. 38-41, jan./fev. 2004.

KARWINSKY, Esther Sant’Anna de Almeida. A capoeira em Guarujá. Guarujá, SP: Associação de Folclore e Artesanato, 2000.

SOARES, Carlos Eugênio Líbano. A capoeiragem baiana na corte imperial (1863-1890). Afro-Ásia, Salvador, n. 21-22, p. 147-176, 1998-1999.

VASSALLO, Simone Pondé. Capoeiras e intelectuais: a construção coletiva da capoeira “autêntica”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 32, p. 106-124, 2003.


COMO CITAR ESTE TEXTO:


Fonte: GASPAR, Lúcia. Capoeira. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

Coco de Roda em Bom Jardim

História do Coco
Lúcia Gaspar
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco


 
Dança típica das regiões praieiras é conhecida em todo o Norte e Nordeste do Brasil. Alguns pesquisadores, no entanto, afirmam que ela nasceu nos engenhos, vindo depois para o litoral. A maioria dos folcloristas concorda, no entanto, que o coco teve origem no canto dos tiradores de coco, e que só depois se transformou em ritmo dançado. Há controvérsias, também, sobre qual o estado nordestino onde teria surgido, ficando Alagoas, Paraíba e Pernambuco como os prováveis donos do folguedo. O coco, de maneira geral, apresenta uma coreogra

fia básica: os participantes formam filas ou rodas onde executam o sapateado característico, respondem o coco, trocam umbigadas entre si e com os pares vizinhos e batem palmas marcando o ritmo. É comum também a presença do mestre"cantadô" que puxa os cantos já conhecidos dos participantes ou de improviso. Pode ser dançado com ou sem calçados e não é preciso vestuário próprio. A dança tem influências dos bailados indígenas dos Tupis e também dos negros, nos batuques africanos. Apresenta, a exemplo de outras danças tipicamente brasileiras, uma grande variedade de formas, sendo as mais conhecidas o coco-de-amarração, coco-de-embolada, balamento epagode.

Os instrumentos mais utilizados no coco são os de percussão: ganzá, bombos, zabumbas, caracaxás, pandeiros e cuícas. Para se formar uma roda de coco, no entanto, não é necessário todos estes instrumentos, bastando as vezes as palmas ritmadas dos seus participantes. O coco é um folguedo do ciclo junino, porém é dançado também em outras épocas do ano. Com o aparecimento do baião, o coco sofreu algumas alterações. Hoje os dançadores não trocam umbigadas, dançam um sapateado forte como se estivessem pisoteando o solo ou em uma aposta de resistência. O ritmo contagiante do coco influenciou muitos compositores populares como Chico Science e Alceu Valença, e até bandas de rock pernambucanas. O sucesso de Dona Selma do Coco, acompanhada por gente de todas as idades, mostra a importância do velho ritmo, que vem sendo resgatado no Nordeste do Brasil.
Recife, 22 de julho de 2003.
(Atualizado em 25 de agosto de 2009).

FONTES CONSULTADAS:

BRINCANTES. Recife: Prefeitura da Cidade, Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2000. p. 104-107.
LIMA, Claudia. História junina. Recife: Prefeitura da Cidade, Secretaria de Turismo, 1997. p. 18. Edição especial.
PIMENTEL, Altimar de Alencar. O coco praieiro: uma dança de umbigada. 2. ed. João Pessoa: UFPB, Ed. Universitária, 1978.
RIBEIRO, José. Brasil no folclore. Rio de Janeiro: Gráfica e Editora Aurora, 1970. p. 403-404.

COMO CITAR ESTE TEXTO:


Fonte: GASPAR, Lúcia. JCoco (dança). Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: dia  mês ano. Ex: 6 ago. 2009.

Cultura em Todo Lugar


Decoração de Ruas no São João 2014

                                         Bom jardim-PE

                   Decoração do Pátio de Eventos do Bom Jardim-PE, Por José Roberto.

Professor Edgar Bom Jardim - PE